sábado, 15 de fevereiro de 2014

Iemanjá branca é uma incoerência?

Depende do que se deseja enxergar! É comum ver por aí discursos inflamados defendendo Iemanjá como uma divindade exclusiva dos negros, mas antes de difundir esse tipo de discurso racista e segregador, é bom ter atenção ao fato de que a Iemanjá yorubá é uma coisa, enquanto que a Janaína (Iemanjá brasileira) é outra coisa totalmente diferente, fruto de uma miscigenação cultural ameríndia, europeia e africana.

Sempre é bom lembrar que divindades são energias, nem sequer estão presos a corpo físico, muito menos a uma "cor de pele". Divindades são reflexos personificados de energias naturais. 

No caso da representação de Iemanjá, essa energia se reflete de forma personificada, de acordo com o povo que a cultua. No Brasil, o arquétipo de Janaína é uma herança africana, com suas características e mitologia. 

Os cabelos lisos são de influência indígena e a pele branca é uma influência européia. Nada mais natural em um país formado por esses três povos. Janaína, Iemanjá, Mãe d'água, portanto, não é exclusividade do povo negro, mas uma divindade que reflete traços da formação do próprio povo brasileiro.

2 comentários:

  1. Não acho esse discurso segredador e racista, acho que negros tem todo direito de querer a representação de iemanja como mulher negra, principalmente pelo preconceito e racismo que suas religiões sofrem. A representação de Iemanja como mulher negra é importante, pq sua representação branca demonstra uma espécie de embranquecimento das religiões de matriz africana, e isso não é nada legal.

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  2. Aí mimimi de quem acha que os africanos são os eternos coitadinhos vítimas dos brancos e bla bla bla!!!

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